dias difíceis. Vovó foi morar pra sempre com o Senhor. Aleluia!!!

Vovó internou, piorou, melhorou, piorou, melhorou e morreu em quinze dias. Duas angustiantes semanas de internação. Duas semanas de muita ambiguidade entre ser parente e ser alguém que entende o que o médico tah dizendo e fazendo. Quando eu era neta, eu odiava com todas as minhas forças a enfermeira e toda a  equipe de saúde. Bando de insensíveis!!! Quando eu era "alguém graduada em enfermagem", eu entendia que eles estavam fazendo o que dava pra fazer e que não tinha como cobrar mais. Quase conseguia sentir a pressão que a família impõe sobre o "pobre" do médico. Mas pra todos os efeitos, nessa situação eu era neta e eles que se virassem pra tratar muito bem a minha vó. Por várias vezes, eu tentei vir aqui, mantê-los informados sobre o estado de saúde da Maria. Mas nessas duas semanas, meus filhos foram mais filhos da babá do que meus. O tempo que eu tinha eu corria pro hospital pra fazer companhia, pra ouvir boletim pra beijar minha vó. Não me arrependo um só minuto! Acontece que as coisas mudavam muito rápido, de um dia pro outro tudo melhorava ou piorava. Se, por causa do cansaço, eu deixava pra escrever no outro dia, no outro dia, as notícias eram outras e assim os dias se passaram.
Foram dias de cansaço físico e emocional. Dias de muita oração e dependência do Senhor. E foi a misericórdia de dÊle que deu a vovó a chance de sair da UTI, e vcs precisavam ver a satisfação dela em deixar aquele lugar. Foi a graça divina que nos deu uma tarde, uma noite e uma madrugada com ela. Muito se conversou, se cantou, se orou. Parecia que ela ia pra casa no outro dia... e foi. Por um problema renal, na manhã seguinte, vovó perdeu a consciência... voltou pra UTI. À noite o Pai chamou, o coração parou e a vovó foi morar pra sempre com o senhor.