O fogo não pergunta quem é e o que tem? De quando SER e TER não importa.

Outro dia, o alarme de incêndio disparou no prédio da minha irmã. Só deu tempo dela catar as crianças (meu sobrinho e minha sobrinha), pegar a bolsa e descer.
Não deu tempo de mudar de roupa, não deu tempo de passar perfume, não deu tempo de se pentear, muito menos de fazer uma selfie. Pelas escadas, várias pessoas... famílias inteiras, babás com bebês, crianças, idosos. Todo mundo fugindo do incêndio! Pensaram na cena?! E se fosse com vocês? O que vocês tentariam salvar?
Desde que ela me contou sobre o ocorrido eu não parei de pensar no episódio. Fiquei pensando no pavor que seria eu reunir meus quatro filhos e descer as escada com eles em segurança. Pensei no mico que seria descer com os trajes de mendigo com que perambulo em casa. Será que daria tempo de eu pegar pelo menos a minha bolsa?
Diante disso me pus a questionar (mais ainda), sobre o porquê do ser humano perder tanto tempo tentando SER e TER. Num incêndio ou em face da morte nada disso adianta. Não adianta SER, o fogo queima sem perguntar identidade. Não adianta TER, o fogo consome em questão de minutos.
No final das contas, não tinha incêndio. Alguma coisa disparou o dispositivo, mas não era fogo. Ufa! Que bom.

Quando tudo se for que me reste a fé... a fé em Deus!

beijos e beijos.
Elene Lima