Aos já casados e aos que continuam casando todos os dias.

Caros amigos leitores, passeando por blogs alheios achei a citação de um texto. Texto esse, que na íntegra foi-me enriquecedor e muito inspirador. Que vocês sejam de igual modo abençoados com essa leitura.

Chamam isso casamento
Tendo recebido uma certidão de casamento, e geralmente, a bênção do padre ou do pastor, um homem e uma mulher se consideram casados. Fulano e Beltrana se casaram sábado passado, ou estamos casados há 13 anos são expressões que denotam nossa compreensão do que seja casamento. O referencial da Bíblia Sagrada, conforme o Gênesis, possibilita outra compreensão. A declaração bíblica de onde derivamos um conceito de casamento afirma que o homem deve deixar pai e mãe, unir-se à sua mulher e então serão uma só carne. Podemos sintetizar isso em três palavras: autonomia, aliança e intimidade. Deixar pai e mãe implica emancipação. Unir-se à mulher implica compromisso conjugal: assumir o mesmo jugo, andar no mesmo passo, partilhar o ônus e bônus da existência comum. Ser uma só carne é uma referência ao que acontece quando do ato sexual pleno, considerado a mais densa intimidade possível entre um homem e uma mulher. Para que exista casamento é necessário que os três ingredientes estejam integrados de forma dinâmica: autonomia, aliança e intimidade. A realidade demonstra que muitos que se consideram casados ainda não deixaram pai e mãe, isto é, não se emanciparam, ainda são dependentes emocional, social, economicamente. Outros, se emanciparam, mas não se uniram, isto é, passaram a viver juntos mas continuam com biografias independentes, cada um construindo sua interioridade e seu futuro em bases distintas e às vezes antagônicas. Mais comum são os que se tornaram uma só carne pelo ato sexual, mas nem se emanciparam nem fizeram uma aliança entre si. Em síntese, para a maioria, senão para a totalidade dos casais, o casamento é um processo que leva tempo, não raras vezes muito tempo. O "dia do casamento", no cartório e na igreja, apenas inicia um processo de emancipação, aliança e intimidade. Felizes os casais que assumiram este compromisso e foram se casando aos poucos, continuam se casando todos os dias, e mais ainda aqueles que conseguem dizer: "finalmente, estamos casados". Seja, pois, a graça de Deus sobre todo casal que se dispôs a colocar os pés nesta trilha da comunhão que somente a morte pode encerrar. © 2006 Ed René Kivitz

Comentários

Binder disse…
É, Elene...
Muito legal seu texto...
Mas é triste e difícil quando a pessoa torna-se mãe mas não se "emancipa" dos irmãos.
E aí, essa mesma pessoa deixa de fazer pelo próprio filho pra fazer pelos irmãos que mal se importam...

Postagens mais visitadas