Adeus minhas botas de franja.


Botas baratas, botas caríssimas! Meu primeiro par de botas foi barato, comprado nos saldos, numa loja de shopping. Não era lá essas maravilhas e só durou o que precisava durar, o restinho do inverno e primavera.
Chegou o outono e eu precisava de botas. Dessa vez arrasei! Paguei quase duzentos euros numa bota de couro legítimo maravilhosa. Claro que nãaaao!!!... risos.
Convidada por uma amiga portuguesa que sabe das coisas, lá fomos nós a Feira semanal de Santana (a feira dos ciganos), aquela que acontece toda sexta-feira no Parque de Santana, Leça do Balio.
Adorei a experiencia transcultural daquela manhã. Por vinte euros levei dois pares de botas os quais me acompanharam o outono e inverno inteiro. 
Mesmo tendo dois pares, me apeguei emocionalmente a estas botas caramelo, com franjas. Usei-as a exaustão. Quanto mais usava mais confortável elas se tornavam, mais parte de mim e dessa vida europeia emprestada... risos. 
Arrumando as malas para retornar ao Brasil, me pego com dó de deixar as botas, ao mesmo tempo que não faz sentindo algum levá-las. Onde iria eu no calor de Manaus com minhas botas de franja??? 
Ah, botinhas, foi bom enquanto durou. Andaram comigo por todo esse Porto, mas chegou mesmo a hora de nos separarmos. Com esta foto selo nossa amizade. Uma bota de couro "de verdade" não teria me feito tão ou mais feliz que tu. 

Tá difícil essa despedida... hahahahah.

beijos e beijos.
Elene Lima.

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