Sobre peito, leite e persistência.

Lendo Lamentações de Elene dá pra ter noção que o meu parto e pós parto foi super traumático, sofri pacas e quase morri sangrando. Não desfrutei da cena romântica de ter meus filhos mamando feito bezerrinhos no nosso primeiro encontro. Já contei aqui, que o bendito colostro só desceu no quarto dia. Tudo psicológico! Senti tanta dor, fiquei tão inchada e transformada que por muito pouco não fiz uma depressão pós-parto. Seguiu-se a isso, todo o trelelê que a amamentação pode (eu disse pode, não é regra) acarretar. Dor(muuuuita dor), bico de peito ferido, cansaço e trauma...hehehhe. Ah, minha anemia (lembram da minha anemia?) colaborou muito pra esse quadro negativo. Mas eu fui muito mulher (hehehe), aguentei o período crítico e pude desfrutar de momentos gostosos com meu pequenos. Não, eu nunca dei de mamar para os dois ao mesmo tempo, achava que o desgate físico e emocional seria maior. Certa vez, uma técnica em enfermagem colocou os dois juntos no peito, tirei foto e tudo, mas foi só. E, como se não bastasse, lutei a gravidez toda contra um bendito fungo de pele que deixou meu peito horroroso. Definitivamente, amamentar em público era constrangedor pra mim, desde os primeiros dias. Não deu pra fazer um tratamento eficaz pq eu tava grávida e depois pq tava amamentado... ai ai. Contar tudo isso é legal pra um bocado de mães que se setem frustradas em meio as dificuldade do processo de amamentação saber que não estão só. Sim, porque as campanhas só mencionam as histórias bem sucedidas, claro. Mas, prestem atenção, eu sou totalmente a favor da amamentação, por isso, leiam, se informem e explorem todas possibilidades, não desistam tão logo. Pode demorar mas chega o momento em que vc vai amar amamentar. Nada de nervosismo, estresse, falta de paciência e consciência. Sobre conselhos, ouça tudo e retenha o que é bom, como diz o versículo bíblico. Tem muita coisa boa na net.
Particularmente, assumo que não tive uma história tão bem sucedida de amamentação. Meus bichinhos estão deixando o peito. Agora, o que fica foi o que aprendi com tudo isso e, o que vou fazer de diferente da próxima vez (Ula-laaaá, próxima vez!!!).

Beijos, queridas maezinhas. Dar de mamar é o que há. Nos incentivemos mútuamente. Vale a dor, digo, a pena...rsrsrrs.

Beijos.

P.S: Na foto, eu e Mateus aqui em Salvador.